sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dririgível Numero 3 - O primeiro vôo bem sucedido de Santos=Dumont


Dirigível numero 3 sobrevoando o Grand Palais

“A 13 de novembro de 1889, a bordo do "Santos- Dumont N.° 3", deixei o estabelecimento de Vaugirard. Foi a ascensão mais feliz que até á data realizei.”

o invólucro continuava a dobrar-se no centro. Foi então que ele decidiu fazer o dirigível de numero 3,  no formato de uma bola de rugby. Com este dirigível ele alcançou a perfeita autonomia de voo, porém ainda com pouca potencia e manobrabilidade deficitária.




Outra mudança importante que Santos Dumont fez com o número três foi o alongamento da haste de bambu para consolidar motor, assento,  lastros de forma mais eficiente. Com o numero 3 SD fez varios voos sobre Paris.

O método de Dumont era simples e elegantemente científico, as modificações vinham de suas experiência multidisciplinares. 

Tornava-se aos poucos em melhor piloto, engenheiro e projetista – tudo isso em grande velocidade. 

…“os místicos do mundo todo diziam que o mundo iria acabar nesse dia, é de fato acabou, era o fim da era que não conseguíamos manobrar nos ares e o começo de uma empolgante nova era, a era da dirigibilidade aérea, e eu estava lá, inaugurando esta nova era maravilhosa. De Vaugirard rumei diretamente para o Campo de Marte, escolhido por causa da sua grande extensão livre. Aí pude exercitar-me a meu gosto na navegação aérea, descrevendo círculos, correndo em linha reta, obrigando a aeronave a subidas e descidas diagonais, pela força do propulsor, e adquirindo assim a maestria dos meus pesos deslocáveis. Estes, colocados a maior intervalo do que primitivamente, nas extremidades da minha quilha em travessão, forneceram-me resultados que me surpreenderam. Foi a minha mais bela vitoria. Já me havia sido demonstrado que a verdade essencial da aerostação dirigível deve ser sempre: "Descer sem sacrificar o gás, subir sem sacrificar o lastro".
Acidente com o dirigível Santos=Dumont numero 2 - invólucro dobrado nas arvores

No curso destas evoluções sobre o Campo de Marte, meu espírito não se deteve especialmente sobre a Torre Eiffel. Quando muito, considerei-a um monumento interessante para contornar, e contornei-a com efeito muitas vezes, a uma distancia prudente. Depois, sem pensar absolutamente no que me reservava o futuro, tomei o rumo direto do Parc des Princes, quase sobre a linha exata que dois anos mais tarde devia marcar a rota na prova do prêmio Deutsch.

Voltei ao Parc des Princes por ser este, também, um belo local aberto. Quando cheguei, porém, não tive vontade de descer. Torci o rumo então para o campo de manobras de Bagatelle, onde por fim aterrei, como lembrança da minha queda do ano precedente. Foi quase no mesmo lugar em que os meninos que empinavam papagaios haviam puxado o meu "guide-rope", salvando-me duma queda perigosa. Hão de lembrar-se de que nesse tempo nem o Aéro Club nem eu possuíamos parque para balões, nem garage de onde partir ou para onde voltar.”