Emmanuel Aimé, Santos=Dumont na nascele do Número 4 e Samuel Pierpont Langley, 01 de agosto de 1900 |
O Hangar de Saint Cloud ficou muito conhecido por receber várias celebridades da aerostação, incluindo o diretor do Museu Smithsonian, Samuel Pierpont Langley (22 de agosto de 1834 - 27 de fevereiro de 1906), um pioneiro da aviação, astrônomo e físico americano que inventou o bolômetro e Henri Deutsch de la Meurthe (Quartier de la Villette, 25 de setembro de 1846; Château de Romainville, 24 de novembro de 1919), magnata do petróleo e diretor do Aeroclub de France - todos vinham ver Santos=Dumont testar seu dirigível do número 4.
É a partir deste ponto de sua vida que Dumont começa a conceber suas invenções como extensões de seu corpo, que mais tarde o tornaria conhecido por ser por muito tempo o único homem a pilotar as chamadas “aeronaves de vestir” a cada inovação substituiria cordas amarradas ao cesto de vime por volantes chaves, procurava melhorar item por item em processo contínuo de em eficiência e praticidade.
Com o número quatro Dumont testou várias inovações, abandonou o cesto de vime como elemento central e passou a adotar nasceles rígidas, ao perceber os benefícios do rígido bambu do numero 3.
Aumentou também o volume do involucro, primeiramente para 420 e pepois para 520 m3 de hidrogenio.
Dia da ascenção do N.4 - 1o de agosto de 1900, Emmanuel Aimé, Santos=Dumont, Samuel Pierpont Langley, entre outros. |
Alem disso substituiu lastros de areia por lastro líquido.
Outra substituição importante foi a do motor, passou de seu pitoresco De Dion Boutton modificado, primeirametne por um Buchet de 2cl com 7cv e depois por outro Buchet de 4 cl e 16 cavalos.
O número 4 trouxe grandes avanços para seus dirigíveis, mas ainda assim ele percebeu alguns defeitos que precisavam de modificações.
O primeiro deles era uma estrutura semelhante a uma barquinha poderia ser uma nascele muito mais eficiente para carregar o tanque de combusível, tanque de lastro líquido e muito mais.
Entendeu também que o selim de bicicleta não apresentava as condições necessárias de segurança em comparação com o recurso simples e altamente eficiente que é o cesto de vime.
E por fim, devido a constantes gripes que pegava por conta do vento gerado pela hélice, resolveu modificar sua disposição, que não mais puxava o dirigível más passou a empurrá-lo pelos ares.
Eu tive menos dificuldades para achar o local onde ficava o Hangar de St Cloud, de onde partiram os primeiros dirigíveis de Santos=Dumont, do que para achar o local do acidente com o Numero 6
(veja artigo http://santosdumontvida.blogspot.com/2010/09/desvendando-o-acidente-de-08-de-agosto.html ).
Meu ponto de partida foram os diversos textos que relatam a construção de uma estatua denominada de “o Ícaro de Saint Cloud” feita em homenagem a Santos Dumont, inaugurada em 19 de outubro de 1913, próxima de onde era o hangar de Santos=Dumont com a inscrição: "A Monument Été Élevé Par L'Aéreo Club de France, Pour Commémorer Les Expériences de Santos Dumont, Pionnier De La Locomotion Aérieme”.
O que poucos brasileiros sabem é a estatua original que ficava na Santos=Dumont Square – St Cloud entre a avenue de Suresnes e a avenue do Maréchal Jean de Lattre de Tassigny, foi derretida durante a segunda guerra mundial para a construção de armas e restituída em 1952 pela comunidade brasileira, uma replica bastante semelhante da estatua original no mesmo local.
Eu planejei pegar o bonde elétrico para descer na Gare Parc de St Cloud no entanto, curiosamente tomei por engano o trem da linha Paris-Saint-Lazare - Versailles-Rive-Droite para descer na Gare de Saint-Cloud.
Isso me colocou exatamente numa via com escadas que eu já conhecia de fotografias antigas e que pouco havia mudado.
Esta ruela com escadarias dava exatamente na estatua do Ícaro de St Cloud.
Ao ver esta foto parece que o endereço do Hangar fica aproximadamente entre os números 10 e 80 da Avenue du Maréchal Jean de Lattre de Tassigny, Saint-Cloud.
S=D estava constantemente gripado devido aos testes do N.4 - foi então que ele resolveu colocar a hélice na popa. |
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