sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Os Balões Brasil e L’Amerique

Primeiro voo de Santos=Dumont com os fabricantes de Balão Lachambre & Machuron 
Logo após seu primeiro voo de balão, Santos=Dumont tentou convencer os fabricantes Machuron e Lachambre a fazerem um pequeno balão individual. Dumont dava os primeiros passos para realizar seu sonho de realizar voo individual, tal qual o mitológico Ícaro.

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“...tentaram provar-me que um balão, para ter estabilidade, necessitaria peso. Um balão de 100 metros cúbicos devia ser, além do mais, muito mais sensível aos movimentos do aeronauta na barquinha do que um grande balão de dimensões correntes.

Para evitar que meu movimento dentro da barquinha alterasse o centro de equilíbrio do balão pedi cordas maiores, o que terminou em um grande sucesso no que diz respeito ao equilíbrio e distribuição de peso.

Quando levei ao sr. Lachambre minha leve seda do Japão, ele me olhou e disse: "Será muito fraca". Ensaiamo-la ao dinamômetro e o resultado foi surpreendente. Ao passo que a seda da China suporta uma tensão de 700 quilos por metro linear, a delgada seda japonesa suportou uma tensão de 1000 quilos; quer dizer que provou ser 30 vezes mais resistente que o necessário em virtude da teoria das tensões. Caso extraordinário se considerar que ela pesa somente 30 gramas por metro quadrado!

Um fato que mostra até que ponto pessoas competentes podem se enganar, quando se apegam a julgamentos sumários, é dizer que todos os balões das minhas aeronaves são fabricadas com a mesma seda.

No entretanto, a pressão interna que eles têm de suportar é enorme, ao passo que os balões esféricos são todos munidos, na parte inferior, de um orifício que lhes permite alívio.
Balão Brasil

Depois de pronto, o "Brasil" apresentou 113 metros cúbicos de capacidade, o que corresponde aproximadamente a 113 metros quadrados de superfície de seda. Todo o invólucro pesava apenas 3 quilos e meio. As camadas de verniz fizeram subir esse peso a 14 quilos.

A rede (filet du ballon), que muitas vezes pesa uns 50 quilos, não ia senão a 1.800 gramas. A barquinha, cujo mínimo ordinário é 30 quilos, apenas 6. O meu N.° 9 tinha uma barquinha que não atingia a 5 quilos. Meu "guide-rope", fino mas muito longo, pois media 100 metros, pesava 8 quilos, se tanto; seu comprimento dava ao "Brasil" uma boa elasticidade. Substituí a ancora por um arpão de ferro de 3 quilos.

Atendo-me embora á leveza em todos os detalhes, achei que o balão, apesar das suas reduzidas dimensões, teria forca suficiente para me levantar com os meus 50 quilos de peso e mais 30 de lastro, cheguei até a testar uma bicicleta amarrada às cordas, com a intenção de voltar de distantes lugares ao conforto do lar, mas infelizmente chegava muito próximo a tara total do balão e se tornou inviável, só voltei a fazê-lo no meu segundo balão o L’Amerique. E foi nestas condições de peso que fiz minha primeira viagem aérea.
Balão Brasil com filet du ballon (rede trançado que envolve o invólucro) - extremamente leve  

Em outra ocasião, em presença dum ministro francês curioso de ver o menor dos balões esféricos, quase que nem tomei lastro, 4 ou 5 quilos apenas, e não obstante fiz uma boa ascensão.

O "Brasil" era muito manejável no ar e muito dócil. Era, além do mais, fácil de embalar após a descida: foi com razão que espalharam que eu o carreguei numa maleta.

Antes da minha primeira ascensão no pequenino "Brasil", fiz vinte e cinco ou trinta em balões esféricos comuns, inteiramente só, ao mesmo tempo capitão e passageiro único. O sr. Lachambre, que se encarregara de diversas ascensões públicas, permitiu-me realizar algumas em seu lugar. Foi assim que subi em diversas cidades da França e da Bélgica. Isto evitava trabalho ao sr. Lachambre, a quem eu indenizava de todas as despesas e incômodos, proporcionava-me prazer e permitia-me praticar o "sport". A combinação acomodava a nós dois.

Duvido que, sem uma série de estudos e experiências preliminares em balão esférico, um homem obtenha qualquer probabilidade de ser bem sucedido com um dirigível alongado, cujo manejo é muito mais delicado. Antes de tentar conduzir uma aeronave é indispensável ter, a bordo dum balão ordinário, aprendido as condições do meio atmosférico, feito conhecimento com os caprichos do vento, penetrado a fundo as dificuldades que apresenta o problema do lastro, sob o tríplice aspecto da partida, equilíbrio aéreo e aterrissagem.
balão Brasil original

Ter manobrado pessoalmente um balão esférico é, no meu entender, preliminar indispensável para adquirir noção exata de tudo o que comporta a construção e a direção de um balão alongado, munido de motor e propulsor.

Uma das ascensões do Balão Brasil - o grande amigo de Dumont, o matemático Emmanuel Aimé levou sua filha para acompanhar o evento

Compreender-se-á assim que manifesto grande surpresa quando vejo inventores que nunca puseram os pés numa barquinha, desenharem no papel e até executarem, no todo ou em parte, fantásticas aeronaves com balões cubando milhares de metros, carregados de enormes motores, que eles não conseguem levantar do chão e providos de máquinas tão complicadas que nada faz marchar. Os inventores desta classe nunca manifestam medo porque não fazem nenhuma idéia das dificuldades do problema.

Se houvessem começado por viajar nos ares ao sabor do vento, enfrentando as influencias hostis dos fenômenos atmosféricos, compreenderiam que um balão dirigível, para ser prático, requer antes de mais nada uma extrema simplicidade de mecanismo. Alguns infelizes construtores, que pagaram com a vida sua triste imprudência, nunca haviam efetuado uma subida em balão esférico como capitão e sob sua própria responsabilidade. A maior parte dos seus êmulos de hoje, tão devotados ás suas tarefas, encontra-se ainda nas mesmas condições de inexperiência. Assim se explicam para mim os seus insucessos. Estão na mesma situação de quem, sem haver jamais deixado a terra firme ou posto os pés num bote, pretendesse construir e comandar um transatlântico.”

E ai então, Santos=Dumont relata o primeiro voo do pequeno Balão Brasil

Presentes no voo inaugural do Balão Brasil a 04 de Julho de 1898 - Marcelle Grandcey socialite da epoca, o pintor Leópold Flammeng, Louis Krieger engenheiro, responsável por apresentar o carro de motor elétrico a Santos=Dumont, Emmanuel aimé dentre outros amigos
“...não precisei aguardar muito para ter um lindo dia com ventos suaves naquela manhã de sábado, 04 de julho de 1898, minha irmã Virginia havia vindo do Porto, Portugal somente para testemunhar minha proeza, o balão já estava conectado a barquinha, o publico aguardava ansioso e tudo estava pronto, no entanto não pude partir. Havia convidado Hélène de Raoul para ser a madrinha do vôo inaugural e ela estava extremamente atrasada. Quando minha impaciência já sedia lugar ao nervosismo vejo se aproximar a bela madrinha acompanhada de seu chofer.
Hélène de Raoul madrinha do voo inaugural do Balão Brasil

Naquele instante minha aflição se transformara de forma imediata em grande alegria. Hélène justificou seu atraso ao fato de seu marido, um oficial do exercito Frances, estar na frente de batalha naquela manhã. A cerimônia de batismo tomou lugar como planejada, Hélène insistiu para que o balão fosse batizado com seu champagne predileto, a Dom Perrignon. Foi então que sem mais delongas tomei uma taça e logo subi aos ares”.

Hélène era de fato bastante importante para Dumont, e pelo visto, ela também o tinha com muito carinho, pois ignora suas preocupações com o ciumento marido para encontrar o aviador, segue ao jardin d'Acclimatation em Paris, somente para tomar com S=D uma taça de Champagne a título de viagem inaugural do Balão Brasil.

O L’Amerique

Dumont cansou de voar sozinho, e decide fazer um balão um pouco maior com 9,8 metros de diametros e cubagem de 500 m3. Ele tinha dois propósitos básicos, levar passageiros a bordo, e o mais importante, pensava em aumentar a força ascensoral a ponto de levar um leve motor e hélices para fazer as primeiras experiências com dirigibilidade.
Balão Esférico L'Ameirque

O L’Amerique realizou diversas ascensões, no dia 12 de Junho de 1898 ficou em 4o lugar numa prova de percurso de 325km e o primeiro lugar numa outra prova de maior tempo de permanência no ar, cumprindo extensas 22 horas de voo.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Dispositivo para corridas de galgos, uma das poucas invenções patenteadas de Santos=Dumont

Pouca gente sabe, mas dentre as muitas invenções de Santos=Dumont, o coelhinho que serve de chamariz para a corrida de galgos, e seu sistema de tração, também foi obra do aviador.

Em sua ideologia, Santos=Dumont deixava os inventos cuja o propósito era o ‘bem para a humanidade’ sem patentes, para que pudessem ser aprimorados e usados por todos. No entanto, os inventos tidos como ‘de diversão e lucro financeiro’ (que foram poucos) passaram a ser patenteados.

No final de 1928, Santos=Dumont ainda estava muito transtornado com o acidente do Dornier que sobrevoou o Capitão Arcona em sua homenagem, matando todos os tripulantes. Dentre os poucos prazeres que tinha, cuidar de seu cão galgo de corridas, chamado de ‘Sabreur du Diable’ (espadachim do Diabo), era sem duvida o que mais gostava.
Santos=Dumont e seu Galgo, o ‘Sabreur du Diable’ (espadachim do Diabo)

A corrida de galgos sempre foi muito associada ao estilo de vida sofisticado e a Bele-Epoque francesa, a primeira corrida foi realizada na França, no Campo de Bagatelle, foi organizada por Eugène Chapus, no dia 28 de novembro de 1879, no ano de 1830 o coursing club foi fundado em Boulogne-Billancourt, mas foi somente em 1933 que o famoso Le cynodrome de Courbevoie passou a receber opostas em dinheiro.

Em meio ao elegante circuito de corridas de galgos, Santos=Dumont era recebido com muito respeito e admiração, pois havia sido ele quem dera ao esporte, na modalidade de corrida PVL - perseguição visual de um chamariz (sigla em Frances para poursuite à vue sur leurre - PVL), os trilhos e o circuito de cabos que puxavam um coelho artificial, com o propósito de atrair os cães.

Os circuitos da época só permitirem uma volta na pista, através de um rudimentar trilho, caro e que só permitia uma volta. O espírito inovador de Santos=Dumont aplicado ao amor às corridas e ao seu cão, criou um dispositivo simples e elegante, desenhado para corridas e treinos de múltiplas voltas, que colocavam o monitor e juiz em lugar com visibilidade privilegiada.

Em entrevista ao Diario de São Paulo, que circulou no dia 5 de janeiro de 1929, na qual contava sobre seus inventos, nela, Dumont dizia que retornaria a Suíça para aproveitar ainda a temporada de neve, para realizar testes com o marciano (veja http://santosdumontvida.blogspot.com.br/2011/05/lhomme-mecanique.html ), , “Quem tiver amanhã nas omoplatas o Transformador Marciano poderá galgar o Pão de Açúcar como se andasse na avenida Paulista” e mencionou também seus dois outros inventos, um dispositivo para encadernamento de livros, e o dispositivo para corrida de Galgos. Infelizmente S=D não consegui viajar cedo, permanecendo em São Paulo até o mês de março. Foi somente em Julho daquele ano que S=D cehgou em Paris e foi prontamente registrar pedido para patente, junto ao Ministério de Comercio e Industria da França,  do dispositivo para corridas de galgos.

De fato, os inventos de Santos=Dumont eram destinados ao bem da humanidade, os poucos inventos patenteados de Santos=Dumont não lograram sucesso comercial, mas indubitavelmente reafirmam com muita elegância sua genialidade e praticidade, bem como a sua interpretação do ditado ”a necessidade é a mãe da invenção”.

Abaixo o texto do pedido original de Patente de Santos=Dumont, e a explicação detalhada do funcionamento do mesmo.
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BREVET D’INVENTION
Gr.20 – Cl. 1.      No 679.228

Dispositif de manège pour courses de lévriers.

M. Alberto SANTOS-DUMONT résidant a France (Basses-Pyrénées).

Demandé le 24 juillet 1929, à 15h 15m, à Paris.
Délivré le 6 janvier 1930. Publié le 10 avril 1930.

Dans les installations actuelles pour courses de lévrier, la course de l'animal artificiel livré à la poursuite des lévriers est forcément limitée à un tour de piste, car, à fin du tour, les liens d'entraînement de la luge sur lequel est monté cet animal, rencontrent un obstacle infranchissable constitué par les organes d'entraînante du manège, On est parvenu en faisant faire plusieurs tours au câblé, à réaliser trois ou quatre tours mais de tala distinctifs , sont compliques, difficiles à entraîner et coûteux.

La présente invention a pour objet un dispositif de manage qui supprime ces inconvénients, et permet, avec des moyens simples, de réaliser un manège dans lequel la course de l'animal peut s‘effectuer sur un nombre quelconque de triais de piste.

Les designs annexés représentent, à titre d'exemple, les dispositions caractéristiques du manège qui fait l'objet de l'invention.

La figure 1 est une vue en plan des organes - d'entraînement du manège.

Les figures 2 et 3 sont respectivement une vue en élévation de face et une vue en élévation de côté correspondant à la figure 1.

La figure 4 est une vue schématique des rouleaux d'entraînement.

Les figures 5 et 6 représentent, respectivement en élévation de face et de côté, l'un des galets-guides du cable d'entraînement

Les figures 7 et 8 représentent respectivement en élévation et en plan, une plateforme d'observation réservée à l'opérateur qui règle la course.

Un câblé sans fin 1, fait le tour de la piste ; en un point 3 de se cable est fixé un brin 3 auquel est adapté la luge 4 sur laquelle est fixé commue à l'ordinaire l'animal livré à la poursuite.

Ce câble 1 est convenablement guidé par un certain nombre de galets dont le mode d'exécutions est, de préférence, celui qui est représenté sur les figures 5 et 6, dans lequel chaque galet se compose du galet à gorge proprement dit, 3, mobile autour de l'axe 6, prolongé pour des flasques fixes 7 et 7’ , 6, en qui diminue d'inertie des pièces à entraîner.

Les organes d’entraînement sont constitues par un certain nombre de rouleaux 8, munis d'une garniture appropriée, par exemple en caoutchouc, et roulant au coûtant des rouleaux 9, également munis d'une garniture semblable, le nombre de paires de rouleaux 8 et 9 pouvant varier suivant les applications. Les rouleaux 9 sont respectivement montés sur des arbres 10, tourillonnant sur des paliers 11 et 12 ; sur ces arbres sont calés, d'une part, des poulies 13 et d'autre part, des roues dentées 14.

L’entraînement s’effectue à partir d’un moteur 1, et par l’intermédiaire des courroies 16 et des poulies 13. Quant aux roues dentées 17 - calées sur les arbres auxiliaires 18 qui tourillonnent sur les paliers 19 et 20 - elles servent à assurer l’entraînement rigoureusement uniforme de l’ensemble des rouleaux 9.

Les rouleaux 8 qui sont maintenus appliquée au contact des rouleaux correspondants 9, sous l'action de ressorts 21, sont susceptibles d'un certain jeu dans le sens vertical.

Cette action des ressorts assure l'entraînement du câble entre les rouleaux 8 et 9; en outre, lorsque lien 3 auquel est fixé la luge se présente sur la rouleaux, il détermine un soulèvement complémentaire des rouleaux 8 et peut passer librement, ce qui assure la continuité de l'entraînement. Il faut remarquer, d'ailleurs, que la force centrifuge coopère en ce sens qu'elle maintient le lien 3 dans une direction formant avec celle du câble, un angle suffisamment ou vert.

L’appareil comporte d'autre part, un dispositif qui permet de faire varier la position du câble 1 au contact des rouleaux. Ce dispositif de compose d'une tige 22 munie à son extrémité d'un galet 23 qui appuie sur le câble 1. Tout l’appareil d’entraînement étant placé à une courbe du câble, ce dernier a toujours tendance à se rapprocher du centre de la piste et la tige 24 agit au contraire pour le renvoyer vers l'extérieur.

Cette tige 22, mobile dans le sens de sa longueur dans les guides 33 et 33’ est reliée pour une articulation 24 une bielle 25, elle-même articulée en 26 sur un plateau denté 27. Ce plateau est mis en mouvement par l'intermédiaire de la transmission 28, 29, 30 du pignon 31, de telle sorte que la tige 23 prend un mouvement alternatif grâce auquel elle sollicite le câble 1 il se présenter en des points constamment variables de surface latérale des rouleaux.

Enfin, alors que dans les installations connues l'opérateur qui règle la course est généralement mal placé pour suivre toutes les phases de la course, le dispositif qui fait l'objet de l'invention se complète par une plate-forme d'observation ou «  mirador » 21 (fig. 7 et 8) mobile autour de l'arbre 29 et convenablement surélevée par son installation sur un support 30; ce mirador est installé centre de la piste.

La plate-forme d'observation qui comprend les divers volants 31' et autres organes de commande, notamment la commande du moteur, est mobile de l'arbre 29, par l'intermédiaire de la transmission 31, 32 et sa vitesse est réglée de telle manière que l'opérateur est toujours orienté face à la course. L’opérateur dispose également d'un freinage au pied.

Un dispositif de manège pour courses de lévriers essentiellement caractérisé par :

1re  La disposition d'un câble sans fin monté sur galets autour de la piste, et sur la lequel s'attache un brin auquel fixé la Inge portant l'animal artificiel donné à poursuivre;

2e La disposition d'un système d'entraînement dudit câble, constitué par un certain nombre de paires de rouleaux montés élastiquement au contact l'un de l’autre, pour chaque paire et entre lesquels est entraîné le câble sans fin, le montage élastique des rouleaux permettant le passage du brin, rattaché an câble, sur lequel est fixé la luge portant l'animal poursuivi, de telle sorte que la course peut avoir lieu sur un nombre quelconque de tours de piste ;

3e La disposition d'un bras de poussée du câble, à l'entrée des organes d'entraînement, ledit bras étant mu d'un mouvement alternatif afin  de solliciter le câble à s’engager à des endroits constamment différents de la surface latérale des rouleaux ;

4e La disposition d'une plate-forme d'observation surélevée ou « mirador », érigée au centre de la piste, mobile autour d'un axe vertical, permettant à l'opérateur de suivre aisément les phases de la course ;

5e Un mode d'exécution des galets de guidage du câble sans fin, dans lequel la partie centrale du galet est seule folle son axe, les flasques de la gorge étant prolongées par des flasques fixes.

A. SANTOS-DUMONT

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Tradução para o português

PATENTE DE INVENÇÃO
Gr.20 -. Cl 1. No. 679228

Dispositivo para pista de corridas de galgos.

Alberto Santos-Dumont residente a França (Baixos Pirineus).

Pedido feito no dia 24 de julho de 1929 a 15m 15h, em Paris.
Emitido a 06 de janeiro de 1930. Publicado no dia 10 de abril de 1930.

Nas instalações atuais das corridas de galgos, o trajeto do animal artificial posto como isca (para cães) nas corridas de galgos está limitado a uma volta, porque no final do turno, sendo tracionado por linhas de ligações do trenó, no qual está montado, este animal encontra um obstáculo intransponível constituído pelo dispositivo de tração ao final da pista, que ao ser atingido, é impedido de fazer demais voltas, três ou quatro voltas a mais, são muito complicadas de se realizar, dificultando os treinos e tornando-se muito caras.

A presente invenção tem por objetivo expor um dispositivo que tem por finalidade suprimir estes inconvenientes e permitir que, em termos simples, que tenhamos um carrossel no qual o trajeto do animal possa ocorrer em qualquer número de voltas na pista.

Os desenhos anexados ilustram, a título de exemplo, as características do carrossel que é o objeto dessa invenção.

A Figura 1 é uma vista em planta dos órgãos - a pista de treino.

As Figuras 2 e 3 são, respectivamente, uma vista em alçado frontal e uma vista em alçado lateral correspondente à Figura 1.

A Figura 4 é uma vista esquemática dos rolos de acionamento.

As Figuras 5 e 6 são, respectivamente, em alçado frontal e lateral, de num dos rolos de guia do cabo de acionamento.

As Figuras 7 e 8, respectivamente, em alçado e em planta, uma plataforma de observação reservados para o operador que define o curso.

Um cabo sem fim 1, passa ao redor da pista; em um ponto 3 para definir um fio de cabo 3, que é adaptado trenó 4, que é trajeto fixo para os animais comuns entregues ao Ministério Público.

O cabo 1 é adequadamente guiado por uma série de rolos, cujo modo de execução é perfeitamente mostrado nas Figuras 5 e 6, em que cada rolo é formado pelo próprio cilindro ranhurado, 3, móvel em torno do eixo 6, prolongado por placas laterais fixas 7 e 7 ', 6, que reduzem a inércia das peças a serem impulsionadas.

Os elementos de acionamento são constituídos por um número de rolos 8, fornecidas com um revestimento adequado, por exemplo de borracha, e os rolos de base do rolamento 9, também fornecidos com uma cadeia semelhante, o número de pares de rolos 8 e 9, que podem variar entre suas aplicações. Os rolos 9 são, respectivamente, montados em eixos 10 com roldanas em rolamentos 11 e 12; Estas árvores são acopladas por um lado, com polias 13 e, por outro lado, com rodas dentadas 14.

A acionamento é efetuado a partir de um motor 1, e por meio de correias 16 e as polias 13. Dado que as rodas dentadas 17 - em cunha com eixos auxiliares 18 apoiadas em rolamentos 19 e 20 - são utilizados para garantir a unidade rigorosamente uniforme todos os rolos 9.

Os roletes 8 os quais são mantidos aplicados em contacto com os cilindros correspondentes 9, sob a ação das molas 21, são capazes de uma certa folga na direção vertical.

Esta ação das molas fornece a unidade do cabo entre os rolos 8 e 9; Além disso, quando o link 3 que está ligado o trenó presente no rolo, que determina um rolos de soerguimento adicional de 8 e pode mover-se livremente, o que garante a continuidade do treinamento. Deve notar-se, além disso, que a força centrífuga está cooperando na medida em que mantém a ligação 3 numa direção que forma com o do cabo, ou o suficiente ângulo vertical.

O aparelho compreende, por outro lado, um dispositivo que permite fazer variar a posição do cabo 1 em contacto com os rolos. Esta consiste de um dispositivo de haste 22 proporcionada na sua extremidade com um rolo 23, que pressiona o cabo 1. o aparelho de acionamento ser colocado a uma curva do cabo, esta última tende sempre a mover-se em direção ao centro a pista e a haste 24 é, pelo contrário, para retornar para o lado de fora.

Esta haste 22, móvel na direção do seu comprimento nas guias 33 e 33 'está ligada a uma articulação 24, uma haste de ligação 25, ele próprio articulado em 26 sobre uma roda chata dentada 27. Esta placa é movida através da transmissão 28, 29, 30 do carreto 31, de modo que a haste 23 tem um movimento alternativo pelo qual se deseja a cabo 1 encontra-se presente na superfície do lado do ponto em constante mudança dos rolos.

Finalmente, enquanto que nas plantas conhecidas o operador ajusta o curso é geralmente mal posicionado para monitorar todas as fases da corrida, o dispositivo que é o objeto da presente invenção é completado por uma plataforma ou observação "ponto de vista" 21 (fig 7 e 8.) móvel sobre o eixo 29 e adequadamente elevado por ser instalado num suporte 30; Este ponto de vista está localizado no centro da pista.

A plataforma de observação que inclui vários volantes 31 'e outros elementos de controlo, incluindo o controlo do motor, é móvel no eixo 29, por meio da transmissão 31, 32 e a sua velocidade é controlada de tal forma que o operador está sempre orientada de encarar a corrida. O operador tem também um pedal de frenagem.

Um dispositivo de carrossel para galgos caracterizada principalmente por:

1º A prestação de um cabo sem fim montada sobre rolos ao redor da pista, e sobre a qual mover-se um fio portando a base a qual se fixa o animal artificial desenhado para ser perseguido;

2º A disposição de um sistema de acionamento do referido cabo, constituída por um número de pares elasticamente montados de rolos em contacto um com o outro, para cada par e entre as quais é conduzido o cabo sem fim, a montagem elástica de rolos para a passagem dos cabos ligados em cadeia simples, à qual está ligado o trenó que leva o animal a ser perseguido (pelos cães), de modo que a corrida pode acontecer com qualquer número de voltas;

3º - A provisão de um braço do cabo empurrador na entrada dos membros acionamento, disse o braço a ser acionada com movimento alternativo para instar o cabo se comprometer com constantemente diferentes lugares da superfície lateral roletes;

4º O fornecimento de uma plataforma elevada de observação ou "vigia", erguida no centro da pista, móvel em torno de um eixo vertical, permitindo ao operador controlar facilmente as fases da corrida;

5º - Uma configuração dos rolos de guia do cabo sem fim, em que a porção central do cilindro é atrelada a seu eixo, as flanges da ranhura ficam estendidas por outras flanges rígidas.

A. SANTOS DUMONT