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“Chego agora ao dia terrível: 8 de agosto de 1901. Em presença da Comissão Científica do Aeroclube, larguei-me para a Torre Eiffel. Contornei-a ao cabo de 9 minutos e tomei a direção de Saint Cloud. Por infelicidade, um acidente enfraquecera a mola de uma das válvulas automáticas e o balão perdia hidrogênio. Arrisquei prosseguir.
“Chego agora ao dia terrível: 8 de agosto de 1901. Em presença da Comissão Científica do Aeroclube, larguei-me para a Torre Eiffel. Contornei-a ao cabo de 9 minutos e tomei a direção de Saint Cloud. Por infelicidade, um acidente enfraquecera a mola de uma das válvulas automáticas e o balão perdia hidrogênio. Arrisquei prosseguir.
O balão contraía-se visivelmente; a tal ponto que ao alcançar as fortificações de Paris, perto de La Muette as cordas de suspensão arqueavam-se tanto que as mais vizinhas do propulsor engancharam-se na hélice em marcha.
Vi o propulsor cortá-las e arrancá-las. Parei o motor.
O vento, que soprava com força, levou instantaneamente o aparelho para o lado da Torre Eiffel. Ao mesmo tempo, eu caía. A perda de gás era considerável.

O vento, que soprava com força, levou instantaneamente o aparelho para o lado da Torre Eiffel. Ao mesmo tempo, eu caía. A perda de gás era considerável.
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Muitos acreditam que o dirigível atingiu os prédios de Passy de frente, mas de acordo com minha reconstrução baseada na foto de Nadar e em várias visitas ao local, percebemos que ele realmente veio de trás do prédio, rasgou seu invólucro, que estourou como um balão de aniversário. (veja a resconstituição.) |
Teria podido atirar fora muito lastro e amortecer sensivelmente a queda, mas assim o vento teria tempo de me jogar contra os ferros do grande monumento. Preferi deixar a aeronave ir a seu modo (…)


O balão estourou, com um grande barulho (…)

Um saco de papel cheio de ar, batido de encontro a uma parede, arrebenta-se, produzindo um grande ruído; pois bem, o meu balão, saco que não era pequeno, fez um barulho assim, mas... em ponto grande. Ficou completamente destruído.
Não se encontrava pedaço maior do que um guardanapo!

Salvei-me por verdadeiro milagre,

pois fiquei dependurado por algumas cordas, que faziam parte do balão, em posição incomoda e perigosa,
Saiba mais sobre o criterioso trabalho de reconstituição destas imagens e fatos
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