terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Vôo do 14 bis


O 14 Bis, primeiro avião de vôo homologado na historia, surgiu a partir de uma serie de inventos com o nome de “Numero 14”, saiba como essa serie de eventos trouxe ao mais famoso aeroplano de Santos=Dumont.

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No dia 12 de junho de 1905 Santos=Dumont faz voar o seu dirigível de numero 14 em Saint-Cloud, era uma modelo ágil e rápido. Com volume interno de 200 metros cúbicos o numero 14 era extremamente fino movido por um motor Clement de 3,5 HP.

Apos os primeiros testes o dirigível se mostrou extremamente difícil de manobrar e muito instável. Santos=Dumont reprojetou o invólucro, dessa vez mais taludo, com 186 metros cúbicos. Voou com a nova versão do numero 14 no dia 21 de agosto de 1905 no litoral de Trouville.

Foi também no litoral Frances que Dumont percebeu em uma corrida de lanchas que os motores Antoniette se mostravam mais potentes e mais leves, o que permitia o vôo de possíveis aeroplanos.

Ainda em Trouville, viu o vôo de pipas no formato de células de Hargraves e a inspiração se deu. Sua equipe trabalhou em segredo. Com envergadura de 12 metros e media 10 metros de comprimento, o chassis era de bambu coberto com seda japonesa, o leme foi projetado na frente da aeronave (configuração canard).

Santos=Dumont resolveu não correr riscos desnecessários, sabia que tinha que dominar os comandos antes de se aventurar nos ares, resolveu acoplar a aeronave ao dirigível de numero 14 (dai o nome 14 bis) usando um motor Antoniette de 24 HP, a fusão de aeroplano e dirigível se mostrou extremamente instável, alem disso o arrasto gerado era muito grande. veja animação abaixo.

Clique na imagem acima para ver como o aeroplano 14 bis conjugado com o dirigível numero 14 era instável.

Desfez-se do aeróstato, e o biplano, enfim liberto do seu leve companheiro, recebeu da imprensa o nome de Oiseau de Proie (“Ave de rapina”).
O burrico chamado Kuigno, entrou para a história da aviação por ter ajudado no experimento com o 14-Bis

Ainda com o objetivo de dominar os controles e achar as melhores condições de manobrabilidade S=D amarrou o 14 bis a cabos que era puxado para o lado mais alto com a ajuda de um burrico e depois corria livre, como uma grande tirolesa.
Aqui outra foto do burrico Kuigno.

Fez também algumas experiências no hangar e percebeu que seu motor não daria condições de levantar vôo, resolveu trocá-lo por um Antoniette de 50 HP.

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Ele realizou esse sonho em 4 de setembro de 1906, quando voou pela primeira vez em seu avião número 14-Bis. Foram pequenos vôos de 7 a 8 metros no Campo de Bagatelle, mas talvez o dia mais feliz de sua vida, pois finalmente conseguiu decolar, com força suficiente para se manter no ar.

Ao perceber que precisava do eixo rolamento (como vimos lá artras), ele colocou ailerons na ponta de cada asa.




Foi no campo de Bagatelle, no dia 07 de setembro que S=D consegui tirar por alguns instantes as rodas do chão, foi assim que Dumont teve confiança de inscrever o seu 14 bis para o Premio Archdeacon,.

Tentou o vôo novamente no dia 13 de setembro de 1906 mas o motor não estava com todos os pistões funcionando. Chapin concertou e o 14 bis voou por incríveis 13 metros.

No dia 23 de outubro de 1906, Santos Dumont apresentou-se novamente em Bagatelle com o Oiseau de Proie II, com algumas modificações do modelo original, o aeroplano havia sido envernizado para reduzir a porosidade do tecido e aumentar a sustentação.

Nesse dia o 14 bis percorreu 60 metros a 3 metros de altura. Mas foi só no dia 12 de novembro de 1906 às 16h45min que o 14 bis voou 220m a 6 metros de altura e ganhou o premio Aeroclub da França – FOI O PRIMEIRO VOO HOMOLOGADO DA HISTORIA DA AVIAÇÃO e faturou o premio Archdeacon.

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